Quem
construiu a Tebas de sete portas?
Nos livros
estão nomes de reis.
Arrastaram
eles os blocos de pedra?
E a
Babilônia várias vezes destruída –
Quem a
reconstruiu tantas vezes? Em que casas
Da Lima
dourada moravam os construtores?
Para onde
foram os pedreiros, na noite em que a Muralha da China ficou pronta?
A grande
Roma está cheia de arcos do triunfo.
Quem os
ergueu? Sobre quem
Triunfaram
os Césares? A decantada Bizâncio
Tinha
somente palácios para seus habitantes? Mesmo na lendária Atlântida
Os que se
afogavam gritaram por seus escravos
Na noite em
que o mar a tragou.
O jovem
Alexandre conquistou a Índia.
Sozinho?
César bateu
os gauleses.
Não levava
sequer um cozinheiro?
Filipe da
Espanha chorou, quando sua Armada
Naufragou.
Ninguém mais chorou?
Frederico II
venceu a Guerra dos Sete Anos.
Quem venceu
além dele?
Cada página
uma vitória.
Quem
cozinhava o banquete?
A cada dez
anos um grande homem.
Quem pagava
a conta?
Tantas
histórias.
Tantas
questões.
Bertolt
Brecht
(Poemas 1913-1956. Seleção e tradução de Paulo César de Souza. Editora 34)
(Poemas 1913-1956. Seleção e tradução de Paulo César de Souza. Editora 34)
Pessoíssimas, esse é o poema escolhido para introduzir o novo curso Aprender a conhecer. Ambos propõem refletir sobre o quanto os grandes feitos humanos, como a ciência, são conquistados através do processo de pesquisa, de criação e de trabalho, coletivo e histórico, e não exclusivamente como algo pronto, fruto dos esforços de um único gênio. Todos podemos participar desse constante processo de modificação do mundo, muitos até já fazem isso, mas poucos têm consciência disso. Saber é poder!
ResponderExcluirSeu blog é legal prof,pq vc não coloca um email p/ contato?
ResponderExcluirProf tenho uma dúvida tem um poema que se chama
ResponderExcluirO abandono me protege do Manoel de Barros esta
na apostila queria saber qual a mensagem que autor
quis passar?
Eu li várias vezes mais achei complicado a interpretação me ajude , um grande abraço.
:: Vocês na Poli realmente
ResponderExcluirgostam de Bertolt Brecht.
Este texto me lembra "O Prego"
que conta como por causa da
falta de um, perdeu-se uma ferradura,
um cavalo, um cavaleiro, a guerra.